quinta-feira, 31 de março de 2011

Caminhando

Caminhando

De pés descalços
Na areia molhada
Deixando um rasto
Qual esteira passada
De mãos dadas
Os dedos trocados
Assim vão duas almas
Em corpos calados
Risos ao vento
Brincadeiras criadas
Os corpos caindo
As roupas molhadas
Beijos despidos
Pelos corpos suados
Os olhos sorrindo
De amores consumados

  Jose Apolonia   30/03/11

quarta-feira, 30 de março de 2011

Chove

A agua caindo
Sob os barcos atracados
Tocando uma musica
Aos ouvidos molhados
O tempo cinzento
Os cabos esticados
O vento soprando
Os olhos fechados
A chuva molhando
Um corpo molhado
Que teima em andar
Á chuva, molhado
Os passos andando
Nada apressados
Sobre o passadiço
Vão desencontrados

Jose Apolonia  28/3/2011

No caminho


Vou por este caminho
Um pouco embriagado
Entrei na primavera
A uma flor apegado
O seu perfume intenso
Me deixa transtornado
Olho para o caminho
Vejo o enevoado
 Olho para direita
Um jardim encantado
Olho para a esquerda
A flor a meu lado
Sigo no caminho
Um rumo traçado
Trazendo me o vento
Seu perfume alado

   Jose Apolonia      28/3/2011

……ar

A pensar..
Pensando pensei
O que nunca direi
A sonhar ..
Sonhando sonhei
O que nunca pensei
Num sonho acordado
Um pensamento sonhado
Por ti assaltado
…..Um sonho pensado
…..Um sorriso sonhado
Por mim navegado

    
Jose Apolonia      27/3/2011

E EU….

E EU….
As amarras esticadas
O barco atracado
O tempo fechado
E EU amuado

As aderiças cantando
O barco embalado
O tempo soltando
E EU amuado

A lua espelhando
O barco ensonado
O tempo parando
E EU amuado

Jose Apolonia        27/3/2011

A dor

A dor
A dor que me assola
Mas não consola
Que corrói
Mas não destrói
Que abstrai
Mas não distrai
A dor
A dor que assola a alma
 Pesando de mais no ser
Não permitindo mais
Do que …..CRESCER

Jose Apolonia       26/3/2011

Ternuras

Ternuras
Uns olhos lindos
Um sorriso rasgado
Umas mãos tremulas
Num corpo sentado

Cabelos escorridos
Um anel floreado
Um dedo brincando
Talvez enervado

Um cigarro na mão
O fumo fumando
Uma face linda
O corpo chorando

Umas pernas esguias
O corpo esbelto
Os braços envoltos
Num coração desperto

Jose Apolonia     26/3/2011

Gustas

Gustas
O tempo zangou
O céu fechou
E logo chorou
Os clientes sentados
 olhos espantados
 corpos apertados
A pimavera virou
E o frio voltou
O gustavo sentado
A braseira acesa
O calor a subir
O Gustavo em brasa
E elas sem vir
 
     Jose Apolonia    26/3/2011

Num intervalo

Num intervalo
Num intervalo me descuidei
E caminhos vãos, trilhei
Chorei
Gritei
E ate, berrei
Perdido
Sem rumo nem destino
Ao fundo, uma estrela não vislumbrei
E assim continuei
Ate ao dia em que te encontrei
Juntos
Rimos
Brincamos
Choramos
 E por outros horizontes, almejamos
 Assim …… nos desencontramos

                       JoseApolonia        25/3/2011

Navegando


Navegando
Navegando em mim e por ti
Num mar sereno de emoçoes
de repente ,um sussurro
...escuto
...atento ao mar
o mar falou ?
do nada, o mar sereno tempestuou
o vento fustigando ondas
gemendo e chorando
com lagrimas de espuma
me dilacerando.
a medo….. fui acordando
foi um pesadelo me atormentando
e com um sorriso
em mim
sem ti
vou agora navegando
 

Finalmente...


Finalmente...

Finalmente sinto
sinto que nao sinto
sentindo
...que liberdade
de ser , de sentir
......o pensar
que felicidade
sentir o pensamento
.....a voar
sem amarras
sem portos
sem nada
a nao ser EU
o meu EU
sem limites

no meu canto...


no meu canto...
no meu canto , tenho estado
no meu canto , durmo embalado
no meu canto , sonho acordado
no meu canto , tenho amado
...COM o meu canto , tenho navegado

Ha amigos...


ha amigos que partem
ha amigos que ficam
ha amigos que estao
ha amigos que sao
ha amigos do coraçao
...e ha amigos no coraçao
para ti mano EMIDIO um grande abraço

Gosto,

Gosto,
gosto de tocar o mundo
com o perfume do meu amor
sem medos, sem receios
apenas tocando



 Jose Apolonia

terça-feira, 29 de março de 2011

Alantas




As alantas pelas amuras                                               
Correndo
A brisa soprando
O spinnaker armado
O balão ensacado
O barco a gemer
O rio sulcado
Folga
Caça
O barco a rasgar
O rio a gritar
O sol a espreitar
Assim ,vou eu a navegar

Jose Apolonia 25/3/2011