sexta-feira, 27 de maio de 2011

De permeio

De permeio

Lendo, lendo, lendo…
E pensando? Pensando?
Não!
Sendo assaltado por ti.
Sim, por ti, que me assaltas constantemente
o pensamento…Os pensamentos.
Se pensasse, pensava -
não estava sempre em ti.
Sim, em ti,
Que dizes não ter sorriso.
Como não tens sorriso?
Se eu o vejo
em ti deleitado, derramado.
Toda tu és um sorriso em mim.
Por ti,
talvez agora possamos inverter as marés,
o sentido das águas do rio, o seu curso.
Ou talvez  até já o tenhamos feito.
E por isso tu sorris.
Talvez agora possamos navegar ao invés
de não navegarmos.
Não me parece que alguma vez
tenhas tido medo.
Mesmo que o tenhas sentido
Efémero, efémero… EFÉMERO
tão efémero
que agora o amas.
Sorris…sorris até sozinha,
até na solidão ondes vives
Comigo
Amando
Até… e todos os carneirinhos
que habitam o nosso rio
sorrindo… sim, tu!
Sorrindo.

José Apolónia  27/05/11

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