O compromisso em nós
A dor que navega
Pelas mentes oxidadas
Por corações mutilados
Que na sua ânsia gotejam palavras
Cada palavra ensanguentada
Num arrancar constante de farpas
Algures alojadas … Sem se aperceberem
Na sua dor
Da vida que rejubila à sua volta
Esquecendo a verdadeira essência
O AMOR
É do amor que provém a dor
Que apenas existe para o purificar
Eternizar…
Não nos esqueçamos que o amor
O nosso AMOR… É NOSSO
Não o deixemos maltratar
Mas se acontecer e a dor vier
Não devemos as farpas arrancar -
Mergulhemos em nós, atravessando a dor
Permanecendo na mais profunda quietude
Do nosso ser … e assim nos (re) estruturarmos
Mas atentos e sem a porta fechar
Para que quando a praia surgir
Possamos espraiar, pelas longas línguas de areia
O amor, o NOSSO AMOR
Num acordar suave e na sua delicadeza
Saborear, apreciar, degustar… Cada momento
Do tempo, da vida, de nós.
Do outro.
José Apolónia 24/05/11
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