Na procura do silêncio
Subi o penhasco
Aquele que tem um farol
Que sobreviveu ao tempo
Fisicamente
Mas que já não alumia
Nas trevas
O mar das palavras ocas
Sem sentido algum
Sem rumo
Onde na vertigem das alturas
Me precipito
Num mergulho
Até ao sítio mais recôndito
E aí me sento, no silêncio
Que reina
E aí me lembro
Que já vivi muito
Em silêncio
E aí me recordo
Em silêncio
O silêncio que chora
O farol
Que resistiu às intempéries
Que já não alumia.
Jose Apolonia 06/07/11
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