domingo, 14 de agosto de 2011

NAS BERLENGAS

NAS BERLENGAS

Ficava aqui eternamente, não em silêncio
Aqui não há silêncio, consigo ouvir os meus passos
Nos trilhos já muito calcados, consigo ouvir
Por entre o rugir do mar, o grasnar das gaivotas
Aos milhares, consigo ouvir o piar de suas crias
Gostava de te ter comigo aqui, de silenciar
O mar as gaivotas, tapar os olhos às suas crias
 E à noite uivar à lua ou mesmo às estrelas
E te escutar por entre os silêncios, da noite
Que nos unem e separam como marés entrepostas
Gostava de te ter aqui, de parar o tempo
Que as gaivotas e o mar que aqui reinam se silenciassem
Como eu, quando em êxtase me pronuncias, devoras
Que em silêncio tapassem, com suas asas
 Os olhos de suas crias
Gostava de parar o tempo de o rachar.

Jose Apolonia   11/08/11

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