quarta-feira, 9 de novembro de 2011


Existem dias assim, cinzentos
Cinzentos de vida e as folhas?
Essas amareladas pelo frio da dor
E em silêncio
Esperam atordoadas que o vento
As arrume junto a um lancil escuro

Os ramos da vida agora nus de castanho
Jazem quietos enquanto manchas verdes
Galopantes os tingem de esperança
No acordar em todas as madrugadas frias
Das estações vindouras e de cores vivas
Se preencham os rebentos em força viva

Um rouxinol poisa no ramo repleto e encanta
De amor, por amor a natureza grita, rasga
Rebenta de rebentos e em explosões nos inunda
Oiço o canto de uma andorinha…

Jose Apolónia  09/11/11

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