EU, EU MORRI…
Morri no mundo das pedras
Morri no meio do nada, só
Num sitio recôndito, de calhaus
Que como Eu aí jazem, imóveis
E…
Esperam ser esculpidos no tempo
E assim voltar a viver, renascer…
Em cada pedacinho de espuma
Pedacinhos, de Amor meu
Que se libertam do Mar bravio
Em rebentações violentas, espasmos
E te tocam pelos longos areais
Como beijos de sonho num sonho
Renasci…
Na primavera, em todas as primaveras
Quando as flores silvestres despertam
E esticam suavemente seus braços de pétalas
E me deixam escapar como essência, elixir
Do Amor com que te toco e ao Mundo
Suas pedras acordo, dou vida com Amor
Morri, é verdade, mas renasci na essência
Das coisas mais ínfimas e simples (mente)
Sorrio e sou o sorriso ingénuo da criança
Que em todos nós vive,
José Apolónia
01/12/11
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