quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

EU, EU MORRI…


 EU, EU MORRI…

Morri no mundo das pedras
Morri no meio do nada, só
Num sitio recôndito, de calhaus
Que como Eu aí jazem, imóveis
E…
Esperam ser esculpidos no tempo
E assim voltar a viver, renascer…
Em cada pedacinho de espuma
Pedacinhos, de Amor meu
Que se libertam do Mar bravio
Em rebentações violentas, espasmos
E te tocam pelos longos areais
Como beijos de sonho num sonho
Renasci…
Na primavera, em todas as primaveras
Quando as flores silvestres despertam
E esticam suavemente seus braços de pétalas
E me deixam escapar como essência, elixir
Do Amor com que te toco e ao Mundo
Suas pedras acordo, dou vida com Amor
Morri, é verdade, mas renasci na essência
Das coisas mais ínfimas e simples (mente)
Sorrio e sou o sorriso ingénuo da criança
Que em todos nós vive,

José Apolónia    01/12/11 

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