quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Sentado de Pai Natal
Sentado de Pai Natal de olhos rasos no chão
É noite e o frio desce à cidade
engalanada por luzes mil
de seres dormentes no chão
em suas casas itinerantes de papelão
É Natal...de olhos rasos no chão
ouço histórias ricas de vidas perdidas
incrédulo não consigo rir nem chorar
nos sorrisos desses olhos sempre a brilhar
De olhos rasos no chão, vejo Pais e Filhos, de alguém
perdidos de mendigos...
Na noite que vai longa e as pernas da alma destroçadas
neste frio agora acompanhado pelas lágrimas do céu.
O regresso ao lar num silêncio gélido de arrepiar
muito mais poderia aqui narrar sem encantar
mas...
Hoje é Natal e não consigo parar uma só lágrima
José Apolónia 14/12/11
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A indignação em poema, a sociedade impiedosa, as almas sensíveis que de "olhos rasos no chão" relevam os que nada têm...E é Natal!
ResponderEliminarBom poema, Zé!
Parabéns!
Bjo :)