sábado, 29 de dezembro de 2012



A chuva escorre na vidraça
no seu escorrer cheia de graça
em formas sinuosas 
abre caminhos por onde passa
parecem Rios desavindos 
parecem Mares em tormenta
mas não são mais do que são
lágrimas que do Céu
se soltam em convulsão

As janelas onde te guardo
tem o brilho das estrelas
e o baço de quem chora
o Mar em seu tormento

A nuvem negra que se rasga
num trémulo raio de Sol
uma flor que desponta
numa terra ávida de amor

A chuva escorre pela vidraça
semeando sal por onde passa ...


José Apolónia  27/12/12

Sem comentários:

Enviar um comentário