quarta-feira, 19 de junho de 2013

BRECHAS DE LUZ ...

O silêncio permanece imóvel
disposto a um canto, esquecido
como uma cómoda
ou outro qualquer móvel
num quarto escurecido, por entre a poeira
que se acumula nas memórias,
imóveis os sentimentos gritam
algo se quebra, estridente som
ecoa pela crista de uma onda
que se propaga, num vale perdido
o silêncio permanece imóvel
numa hora incerta do dia,
o Sol penetra por brechas de luz
esculpidas pelo tempo que levamos a perceber
a poeira que se forma nas memórias
esquecidas em uma qualquer gaveta
onde o silêncio permanece imóvel...


José Apolónia  19/06/13


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