Anoitece , devagar
caminhamos
por caminhos, ruelas
cantamos o fado
cantigas da vida,
calcamos as pedras
vertemos as lágrimas
pelo cálice, em que
bebemos o vinho.
Inebriados
caímos e
levantamos todos
os muros de nada
à volta daquela estrela
anoitece devagar
pelos caminhos
que percorremos
sempre existem rios
e pontes que unem
as margens
de um fado que teima
em se fazer ouvir
mesmo que amanheça
sempre, anoitece devagar
na janela do dia
por onde me perco
e encontro, esse brilho
que teimas em trazer
no olhar...
José Apolónia 2015
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