quinta-feira, 30 de junho de 2011

DEIXANDO ESCORRER …

DEIXANDO ESCORRER …
Este sentir
Que me dilacera a alma,
Que a rasga sem dó
Abrindo brechas profundas
Que expelem pedras incandescentes
Que jorram sem parar
Lava vermelha de sangue
Que quero estancar, parar,
Sentindo, só sentindo,
Deixando escorrer
Tudo.
Mesmo tudo.
Que se esgote em mim
Este sentir
Que sendo meu
Não me pertence.
O cão também entrou na igreja…
O que foi?
Melhor será não pensar
E esperar, esperar…
Pelo tempo que falta
Deixando escorrer
Tudo.
Mesmo tudo.

Jose Apolonia   30/06/11

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