COMO O RIO
As portadas que em mim se fecham
No crepúsculo do dia
De um ciclo
Onde assim me permito
Algum silêncio, algum descanso
Em mim
E penso um refúgio
Da loucura que me rodeia
Onde me banho
E não reparo nas frechas
Que se iluminam ao raiar
O dia,
Os primeiros braços do sol
E me lembro, sentado
No meu canto sobre o rio
O nosso rio
As intermináveis marés
As enchentes
Logo seguidas pelas
Vazantes
E penso
Não sou mais que o Rio
Não sou menos que o Rio
Sou o Rio
Como ele
Estou
Como ele
Sou
O Rio
Nas suas intermináveis viagens
Onde nos é permitido
Algum silêncio, algum descanso
Naquela hora que medeia
O fluxo das marés
Jose Apolonia 05/08/11
Pétalas de poesia
ResponderEliminarSão o estado de cada momento
De qualquer sentimento
De tristeza ou alegria
Nos espaços de cada dia
Cheios ou vazios
Que se encontram num contentamento
Ou se perdem na melancolia
Um simples sorrir
Uns passos elegantes
Dois olhos fascinantes
Uma lágrima a cair
Um gesto de simpatia
Um beijo de ocasião
Um palpitar de coração
São pétalas de poesia
Há quem chore de alegria
Outros cantam por sofrimento
Mas isso não é defeito;
Tristeza ou contentamento
São pétalas de poesia
Que todos trazemos no peito.
D.