sexta-feira, 5 de agosto de 2011

COMO O RIO

COMO  O RIO

As portadas que em mim se fecham
No crepúsculo do dia
De um ciclo
Onde assim me permito
Algum silêncio, algum descanso
Em mim
E penso um refúgio
Da loucura que me rodeia
Onde me banho
E não reparo nas frechas
Que se iluminam ao raiar
O dia,
Os primeiros braços do sol
E me lembro, sentado
No meu canto sobre o rio
O nosso rio
As intermináveis marés
As enchentes
Logo seguidas pelas
Vazantes
E penso
Não sou mais que o Rio
Não sou menos que o Rio
Sou o Rio
Como ele
Estou
Como ele
Sou
O Rio
Nas suas intermináveis viagens
Onde nos é permitido
Algum silêncio, algum descanso
Naquela hora que medeia
O fluxo das marés

Jose Apolonia 05/08/11

1 comentário:

  1. Pétalas de poesia
    São o estado de cada momento
    De qualquer sentimento
    De tristeza ou alegria
    Nos espaços de cada dia
    Cheios ou vazios
    Que se encontram num contentamento
    Ou se perdem na melancolia

    Um simples sorrir
    Uns passos elegantes
    Dois olhos fascinantes
    Uma lágrima a cair
    Um gesto de simpatia
    Um beijo de ocasião
    Um palpitar de coração
    São pétalas de poesia

    Há quem chore de alegria
    Outros cantam por sofrimento
    Mas isso não é defeito;
    Tristeza ou contentamento
    São pétalas de poesia
    Que todos trazemos no peito.



    D.

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