domingo, 7 de agosto de 2011

PURO, PURO O MEU SENTIR

PURO,  PURO O MEU SENTIR

Sentado numa cadeira
Os pés descalços
Num pequeno muro
O vento que sopra
Parece murmurar
Mas não estou atento
Na mesa um copo de gim
Vazio
Olho-o atentamente
Por breves instantes sinto-te
Ao meu lado
Pura ilusão que gosto
À minha frente o rio
Caldeado
Pontos de espuma
Que contigo aprendi
A chamar, denominar
Carneirinhos
Tenho saudade confesso
De um abraço um simples abraço
No mais puro dos silêncios
Ou apenas olharmo-nos
Nos olhos
Sem dizer palavra alguma
É duro
O caminho que nos propusemos
Subir e descer montanhas
Atravessar desertos
Vermo-nos, sem nos vermos
Abraçarmo-nos, sem nos abraçarmos
Sentirmo-nos, sem nos sentirmos
É curioso
O que se pode sentir
Sem nos termos
A nós

José Apolónia  07/08/11

1 comentário:

  1. é uma Força o Amor que depois de desperta, vai para lá do nós, que existe a cada dois amantes ! bjs

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