sábado, 17 de setembro de 2011

Por vezes sonho…

Por vezes sonho…

Que caminho à beira mar
Por desenhos espumados, formados
Ondas espraiadas pela praia
Desenhos, Tu, Eu, desenhados
Quatro da manhã acordo
NÂO È POSSIVEL
Sonho, acordo, estou acordado
Saio, caminho, quero e vou
Não é fácil não o tem sido
Mas vou, viajar, caminhar, palavras
Quadrados, paginas, gaiolas de palavras
Recortadas, em formas, por lâminas
Pombas brancas, intenções puras
Não! A água despenha-se, cai
Chove, as palavras caem, são palavras
 Nunca o foram mais, nem menos
Molhadas, chovem palavras, caem
Abruptamente despenham-se no caos
Desfazem-se em letras, ilegível o sentido
Tocadas pelo vento, pela água, por algo
Relações de ralações persistem em nada
Sentidas, sentidas não, sem sentido
Adormeço, e espero, espero acordar…

José Apolónia   17/09/11

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