terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bar Tejo



Bar Tejo

As batidas soam pelas pedras negras
Há muito pisadas gemem
Pequenos ruídos ecoam em mim
Em cada passo, a cada passo
As ruas estreitas parecem tombar
Estreita-se o sentir dos passos
Estranhos desígnios me guiam
Paro à porta de um Bar, fechada
 Ruídos e luz escapam-se por frestas
Sento-me, navego em mim
Pelo meu canto, no meu canto existe
Existes como um jardim
No meu canto existe um jardim
Não tem árvores mas mastros, esguios
Elevados não temem os céus
No balanço brincam com estrelas
As ervas tem a forma de peixes, chapinham
Existem aves, gaivotas, patos e outras
Com cânticos que de tão belos me elevam
Regresso a mim, à porta do Bar, fechada
Navego agora firme nos passos , o Rio
O Rio corre , escorre para o Mar
À espera de um dia, um dia de cada vez

Jose Apolonia  20/09/11

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