quarta-feira, 2 de novembro de 2011


Fecho os olhos e vejo-te
Quente de amor ardente

Vejo as chamas do amor
Vejo as lágrimas da dor
Derramadas com ardor

Vejo a alegria estampada
Nas palavras trocadas
Vejo os caminhos
Oiço a trovoada
Vejo-te a ti em mim
Vejo tudo, vejo nada

Vejo os pássaros em melodia
Vejo-nos a nós por amor amantes
Vejo a noite apagar-se pelo dia

Vejo e sonho-te num sonho com asas
Um arco-íris sorri e vejo-te a ti em mim

Jose Apolonia  02/11/11

1 comentário:

  1. Perdidos dançámos ao ritmo
    de um blue já esquecido,
    chorámos os dias passados,
    amarfanhados em neblina,
    na dúvida de existirmos.
    Corremos no areal da paixão,
    enlouquecidos pela voz do mar,
    em tanto búzio,
    em tanto gesto esquecido.

    Nascidos do mar os soluços,
    as algas do prazer,os castos beijos.
    Porque os temporais submergem os faróis,
    matam o riso e fazem fortes as rochas,
    e corais,
    e os homens que no mar andam perdidos.

    Recolhemos o excesso de conchas,
    os búzios trazidos por marés mil,
    mais vagas de dor,
    ternura em sal nos corpos apartados,
    doçura imensa ancorada,
    no porto azul da saudade.
    E de nós escorreu a salinidade possível,
    na nudez do entardecer,
    no céu crepuscular, opalino e triste,
    na infinita certeza,
    de que a serenidade existe.

    Fizeste-me então um colar, e
    o teu sorriso iluminou o dia.
    Encontrámos a voz do vento,
    no seu murmúrio apetecido,
    e nela adormecemos perdidos.

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