domingo, 27 de novembro de 2011

O FRIO DA LEMBRANÇA

A lembrança de dias idos
ecoa  no grito estridente da gaivota
pela madrugada fria onde me aconchego
a mim, na sombra que me assiste
as estrelas cansadas de cintilar, já dormem
a lua essa permanece em seu quarto à janela
por onde espreito em arrepios de frio
o Sol que brilha, nas gotas cravejadas pelo convés.
E ecoa em mim, o grito estridente da gaivota
mas talvez esse seu grito avassalador
não seja um grito e muito menos estridente
talvez nem seja da gaivota mas sim da alma
que sente o frio da lembrança  nesta madrugada
que de tão fria se faz sentir por dentro, cá dentro
por onde as paginas escritas na memória voam
por mim enquanto me visto lentamente e observo
a cama desfeita, despida, nua de ti como Eu

José Apolónia  27/11/11

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