Observo-te Lisboa
cidade das sete colinas
entre nós corre um rio
hoje calmo de azul
e tu de branco
aparentas uma quietude
que sei não teres
em teu corpo de menina
artérias correm em rebuliço
gentes que se cruzam
indiferentes a ti
a si próprias
definham-se arduamente
na ilusão de um amanhã
que teima e não vem...
um cargueiro veste-se de laranja
e sulca as aguas calmas do rio
para onde vai ?
velas brancas brincam ao vento
como jovens potros
no caos aparentas uma calma simétrica
onde as assimetrias florescem...
José Apolónia 30/01/12
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
PERCO MEU OLHAR...
PERCO MEU OLHAR...
Perco o meu olhar
entre a cidade
e o infinito estático
estuário
porta de saída
Rio... Mar... e choro
a vazante... e espero
na enchente... Rio
e desespero uma palavra
numa palavra apenas
me desespero
desencontro...
no cantar o embalo
deste Rio meu leito
que corre ambíguo
e a cidade mesmo ali
amanhece, adormece
sem palavras, sorrisos
hibernou...
o brilho apenas cintila
apenas nos meus olhos...
José Apolónia 24/01/12
Perco o meu olhar
entre a cidade
e o infinito estático
estuário
porta de saída
Rio... Mar... e choro
a vazante... e espero
na enchente... Rio
e desespero uma palavra
numa palavra apenas
me desespero
desencontro...
no cantar o embalo
deste Rio meu leito
que corre ambíguo
e a cidade mesmo ali
amanhece, adormece
sem palavras, sorrisos
hibernou...
o brilho apenas cintila
apenas nos meus olhos...
José Apolónia 24/01/12
MEU FADO...
MEU FADO...
Fado, meu fado
solarengo
é verdade
és solarengo
alegre,
flui em ti
um rio no mar
estrelas
ainda por pintar
galáxias
por navegar...
E és tu meu fado
que me elevas
que me fazes sonhar
caminhar
por veredas floridas
asas que (en) cantam
meu rumo de aMar...
José Apolónia 24/01/12
Fado, meu fado
solarengo
é verdade
és solarengo
alegre,
flui em ti
um rio no mar
estrelas
ainda por pintar
galáxias
por navegar...
E és tu meu fado
que me elevas
que me fazes sonhar
caminhar
por veredas floridas
asas que (en) cantam
meu rumo de aMar...
José Apolónia 24/01/12
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Junto a ti...aMAR
Junto a ti...aMAR
Percorro devagar
os longos areais
sigo pistas aleatórias
sem pressas de voltar
sento-me descuidado
olho o Mar do Mundo
de cristas brancas empinado
envolvo-me em seu sussurro
deixo meus sonhos voar
asas tocadas pelo vento
sinto-me nuvem a planar
beijo-te estrela no firmamento
Chega a Lua nua e crua
traz consigo o silêncio
visto seus braços brancos
e sem o saber adormeço...
José Apolónia 23/01/12
Percorro devagar
os longos areais
sigo pistas aleatórias
sem pressas de voltar
sento-me descuidado
olho o Mar do Mundo
de cristas brancas empinado
envolvo-me em seu sussurro
deixo meus sonhos voar
asas tocadas pelo vento
sinto-me nuvem a planar
beijo-te estrela no firmamento
Chega a Lua nua e crua
traz consigo o silêncio
visto seus braços brancos
e sem o saber adormeço...
José Apolónia 23/01/12
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
POR AÍ...
POR AÍ...
A noite caiu
floriu em cores
pelo Rio
pastor de memórias
recolhidas
em seu ventre
emergem
em (n) canto de Lua
J. A. 2012
A noite caiu
floriu em cores
pelo Rio
pastor de memórias
recolhidas
em seu ventre
emergem
em (n) canto de Lua
J. A. 2012
DOCE COMO A LUA...
Estás furiosa comigo ?
não atendes não entendes
já te disse como ficas bonita
quando estás zangada ?
e tira já esse sorriso parvo
ai estampado, espraiado
pareces o Mar quando irado
e o barco todo empinado
e Eu ao leme
e o barco a cair desamparado
coração o meu coração
sobe repentinamente e cola-se
à boca e aí, aí...
sinto-te o gosto e gosto
como te gosto...
José Apolónia 19/01/12
não atendes não entendes
já te disse como ficas bonita
quando estás zangada ?
e tira já esse sorriso parvo
ai estampado, espraiado
pareces o Mar quando irado
e o barco todo empinado
e Eu ao leme
e o barco a cair desamparado
coração o meu coração
sobe repentinamente e cola-se
à boca e aí, aí...
sinto-te o gosto e gosto
como te gosto...
José Apolónia 19/01/12
MAR DE ESTRELAS...
O Sol
despenha-se
pelo Rio
num Mar
de Estrelas
cintilantes
brincam
como
crianças
no embalo
e
lembra-me
teus olhos
afluentes
do teu olhar
radioso
tua boca
Oceano
do teu sorriso
de aMar
por onde navego
J. A. 2012
despenha-se
pelo Rio
num Mar
de Estrelas
cintilantes
brincam
como
crianças
no embalo
e
lembra-me
teus olhos
afluentes
do teu olhar
radioso
tua boca
Oceano
do teu sorriso
de aMar
por onde navego
J. A. 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
O meu Amor flui...
O meu Amor flui
corre como um Rio
teu coração a foz
de suas margens emana o perfume
das flores floridas, primavera
e meu Amor flui
teu coração o estuário
barcos que navegam à vela
brisas que sopram do teu sorriso
e o Mar pano de fundo, agita-se
reclama, reclama-nos
na viagem por fazer
é tarde... e é cedo...
bandos de pétalas esvoaçam
do seu canto chove uma sinfonia
meu Amor flui e corre
em meu coração um rio
de lava, esquenta...
este aMar por onde me perco
na asa que me suporta
José Apolónia 17/01/12
corre como um Rio
teu coração a foz
de suas margens emana o perfume
das flores floridas, primavera
e meu Amor flui
teu coração o estuário
barcos que navegam à vela
brisas que sopram do teu sorriso
e o Mar pano de fundo, agita-se
reclama, reclama-nos
na viagem por fazer
é tarde... e é cedo...
bandos de pétalas esvoaçam
do seu canto chove uma sinfonia
meu Amor flui e corre
em meu coração um rio
de lava, esquenta...
este aMar por onde me perco
na asa que me suporta
José Apolónia 17/01/12
sábado, 14 de janeiro de 2012
Reticências
Reticências
Podia dizer muito
podia dizer nada
ficar calada
ausente...
Pois é na ausência que permaneço
é na ausência que sinto
que ainda que presente
o silêncio assola...
Todos os sentimentos
sentidos...
ou ausentes.
É na vida que permanece
naquilo que nos consome
no que nos faz
ou que nos quer fazer...
ao que nos transporta
a ilusão
da verdade
na razão do estranho...
estranho?
Quanto fica por dizer...
guardo, guardo tudo!
Daniela Lebre 14/01/2012
Podia dizer muito
podia dizer nada
ficar calada
ausente...
Pois é na ausência que permaneço
é na ausência que sinto
que ainda que presente
o silêncio assola...
Todos os sentimentos
sentidos...
ou ausentes.
É na vida que permanece
naquilo que nos consome
no que nos faz
ou que nos quer fazer...
ao que nos transporta
a ilusão
da verdade
na razão do estranho...
estranho?
Quanto fica por dizer...
guardo, guardo tudo!
Daniela Lebre 14/01/2012
Perdido...
Perdido...
Nas asas do sonho
voam mais alto
as aves marinhas
e em seu dorso
me transporto,
pena tresmalhada
de desejo...
J.A. 2012
Nas asas do sonho
voam mais alto
as aves marinhas
e em seu dorso
me transporto,
pena tresmalhada
de desejo...
J.A. 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
OS DIAS PASSAM...
Os dias passam
e correm, mais
e mais e mais
e mais correm
os dias seguidos
por outros dias
e tu, adormecida
corres mais e mais
tudo corre, demais
tudo corre demais
excepto o tempo
esse só corre e passa
e fica, só fica
e tu ? quando acordares?
sabes que vais despertar?
no tempo que não para
que te vais dizer?
a tempo?
de quê ?
...
José Apolónia 13/01/12
e correm, mais
e mais e mais
e mais correm
os dias seguidos
por outros dias
e tu, adormecida
corres mais e mais
tudo corre, demais
tudo corre demais
excepto o tempo
esse só corre e passa
e fica, só fica
e tu ? quando acordares?
sabes que vais despertar?
no tempo que não para
que te vais dizer?
a tempo?
de quê ?
...
José Apolónia 13/01/12
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Nem tudo são rosas...
Nem tudo são rosas...
Na estrada por onde persisto
pinto pontes entre as margens
coloridas por bandos de Flamingos,
e no ocaso do sol caem lágrimas
sobre as telas ainda frescas...
J.A. 2012
Na estrada por onde persisto
pinto pontes entre as margens
coloridas por bandos de Flamingos,
e no ocaso do sol caem lágrimas
sobre as telas ainda frescas...
J.A. 2012
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
AS RUAS DA CIDADE...
AS RUAS DA CIDADE...
As ruas da cidade crescem
desaguam em grandes avenidas
iluminadas pelo burburinho
esquecem a voz das pedras
e os filhos nem as conhecem
nos passos apressados antes
de serem paridos, cresceram
sem bola,sem flores,sem pedras
mas com estradas negras...
A noite chega na desordem
e os passos antes perdidos
recolhem-se lentamente às paredes
de lábios cerrados adormecem
lentamente os olhos da cidade
iluminam-se de cor, luz
pelas ruas seus filhos, perdidos
procuram suas vidas no caos...
José Apolónia 09/01/12
As ruas da cidade crescem
desaguam em grandes avenidas
iluminadas pelo burburinho
esquecem a voz das pedras
e os filhos nem as conhecem
nos passos apressados antes
de serem paridos, cresceram
sem bola,sem flores,sem pedras
mas com estradas negras...
A noite chega na desordem
e os passos antes perdidos
recolhem-se lentamente às paredes
de lábios cerrados adormecem
lentamente os olhos da cidade
iluminam-se de cor, luz
pelas ruas seus filhos, perdidos
procuram suas vidas no caos...
José Apolónia 09/01/12
domingo, 8 de janeiro de 2012
QUEIMAM AS MEMÓRIAS...
queimam as memórias
e o frio anoitece
com gumes afiados
salvam-se os troncos
das árvores caídas
que no mar flutuam
não tem frio
mas tem cor negra
não tem rumo
mas tem desesperança
e a manhã nasce
todos os dias
a horas incertas
anoitece....sempre
que queimam as memórias...
José Apolónia 08//01/12
e o frio anoitece
com gumes afiados
salvam-se os troncos
das árvores caídas
que no mar flutuam
não tem frio
mas tem cor negra
não tem rumo
mas tem desesperança
e a manhã nasce
todos os dias
a horas incertas
anoitece....sempre
que queimam as memórias...
José Apolónia 08//01/12
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
DOLOROSA DESPEDIDA
DOLOROSA DESPEDIDA
O Sol brilha algures, não aqui
É noite, reinam as estrelas
A lua no seu quarto adormeceu
O poeta que em mim aconteceu
Grita, brada aos céus em silêncio
Pela calada da noite, corre um Rio
Água quente que se me escapa
Lágrimas, uma torrente de lágrimas
Por onde navego as memórias de ti
A quem confiei, meu ainda tenro rebento
Partiste mas tenho-te em mim
Teu sorriso, tuas falas, tua transparência
Foste (e és) Mãe, Avó e uma GRANDE AMIGA
Agradeço teres acontecido nas nossas vidas
José Apolónia 05/01/12
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