segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Observo-te Lisboa...

Observo-te Lisboa
cidade das sete colinas
entre nós corre um rio
hoje calmo de azul
e tu de branco
aparentas uma quietude
que sei não teres
em teu corpo de menina
artérias correm em rebuliço
gentes que se cruzam
indiferentes a ti
a si próprias
definham-se arduamente
na ilusão de um amanhã
que teima e não vem...
um cargueiro veste-se de laranja
e sulca as aguas calmas do rio
para onde vai ?
velas brancas brincam ao vento
como jovens potros
no caos aparentas uma calma simétrica
onde as assimetrias florescem...

José Apolónia  30/01/12

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