terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PERCO MEU OLHAR...

PERCO MEU OLHAR...

Perco o meu olhar
entre a cidade
e o infinito estático
estuário
porta de saída
Rio... Mar... e choro
a vazante... e espero
na enchente...  Rio
e desespero uma palavra
numa palavra apenas
me desespero
desencontro...
no cantar o embalo
deste Rio meu leito
que corre ambíguo
e a cidade mesmo ali
amanhece, adormece
sem palavras, sorrisos
hibernou...
o brilho apenas cintila
apenas nos meus olhos...

José Apolónia 24/01/12

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