sábado, 27 de dezembro de 2014

No recato do lar...

No recato do lar
onde, breve
é o brilho das luzes
penduradas na árvore
e o latir do cão
que faz eco
por folhas verdes
de hortelã
nasce, aquele copo
de gim embriagado
pela centelha
que se escapa do teu olhar
e floresce no meu corpo
um formigueiro
no recato do lar
onde breve
é o brilho das luzes
por onde me fazes navegar
e o latir do cão
que me esqueço de pintar
naquela tela verde
onde o copo devia estar
e o cheiro a hortelã
e o do gim
e o nosso
que se enrola
no recato do lar
embriagados de vida
são os corpos de luz
por onde nos bebemos
centelha a centelha ...

2014  José Apolonia




Sem comentários:

Enviar um comentário