Nem eu sei...
um ataque tenho sempre
que me desprezas
que é o habitual
o que de ti sempre tenho
de ti que não conheço
e sei sempre, o que esperar
sei em que lençol me enroscar
sei como o frio temperar
sei exactamente sua espessura
e me enrosco no nada
e assim me protejo
e olho a lua
e as estrelas
e espero o sol
e um dia ...
quem sabe...
o destino que é cru
nos encontre, na rua
e como que por milagre
derrame uma lágrima
que de tão quente
se evapore no etéreo
do calor
de nossos corpos que
de tão nus, se não conhece
o tempero…
os dedos fervem, ardem…
na saudade, como Eu
Jose Apolonia 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
O FRIO DA LEMBRANÇA
A lembrança de dias idos
ecoa no grito estridente da gaivota
pela madrugada fria onde me aconchego
a mim, na sombra que me assiste
as estrelas cansadas de cintilar, já dormem
a lua essa permanece em seu quarto à janela
por onde espreito em arrepios de frio
o Sol que brilha, nas gotas cravejadas pelo convés.
E ecoa em mim, o grito estridente da gaivota
mas talvez esse seu grito avassalador
não seja um grito e muito menos estridente
talvez nem seja da gaivota mas sim da alma
que sente o frio da lembrança nesta madrugada
que de tão fria se faz sentir por dentro, cá dentro
por onde as paginas escritas na memória voam
por mim enquanto me visto lentamente e observo
a cama desfeita, despida, nua de ti como Eu
José Apolónia 27/11/11
ecoa no grito estridente da gaivota
pela madrugada fria onde me aconchego
a mim, na sombra que me assiste
as estrelas cansadas de cintilar, já dormem
a lua essa permanece em seu quarto à janela
por onde espreito em arrepios de frio
o Sol que brilha, nas gotas cravejadas pelo convés.
E ecoa em mim, o grito estridente da gaivota
mas talvez esse seu grito avassalador
não seja um grito e muito menos estridente
talvez nem seja da gaivota mas sim da alma
que sente o frio da lembrança nesta madrugada
que de tão fria se faz sentir por dentro, cá dentro
por onde as paginas escritas na memória voam
por mim enquanto me visto lentamente e observo
a cama desfeita, despida, nua de ti como Eu
José Apolónia 27/11/11
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Não procures
Por entre as escarpas
Escuras da vida
Nada aí existe
Para além das sombras
Cinzentas, errantes
Do passado
Se te queres a ti
Se te queres encontrar
Dá-te ao trabalho
E com as tuas mãos
As tuas próprias mãos
Escala
Sobe até ao cume
E aí chegado, senta-te
Deixa que o SOL te ilumine
Sente a sua luz, quente
Deixa que te abrace, te aqueça
E espera…
Espera a hora da LUA, das ESTRELAS
Aconchega-te nos seus braços
E dorme o sono profundo, sábio
Sob suas luzes cintilantes
E aos primeiros raios do SOL
Segue o caminho, o teu…
O que as ESTRELAS te indicaram
E vive, pois a vida é bela demais…
Jose Apolonia
22/11/11
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O PALHAÇO…
O PALHAÇO…
Palavras, palavras e mais palavras
Não ditas, não escritas, não faladas
Não
Não, não e não, nada disso
Palavras choradas, sim, choradas
Pelo corpo titubeante do palhaço
A plateia de crianças ri em gargalhadas
Os rostos da
criançada iluminados
O palhaço esse o palhaço chora e ri
Na sua coreografia colorida
Por onde se esconde sua alma descuidada
E nos faz esquecer esta palhaçada de País
Onde outros palhaços vestidos sem cores
Em suas estranhas coreografias cinzentas
Riem, brincam e usam-nos sem pudor
Estranhos palhaços estes que só nos dão dor
José Apolónia 17/11/11
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Existem dias assim, cinzentos
Cinzentos de vida e as folhas?
Essas amareladas pelo frio da dor
E em silêncio
Esperam atordoadas que o vento
As arrume junto a um lancil escuro
Os ramos da vida agora nus de castanho
Jazem quietos enquanto manchas verdes
Galopantes os tingem de esperança
No acordar em todas as madrugadas frias
Das estações vindouras e de cores vivas
Se preencham os rebentos em força viva
Um rouxinol poisa no ramo repleto e encanta
De amor, por amor a natureza grita, rasga
Rebenta de rebentos e em explosões nos inunda
Oiço o canto de uma andorinha…
Jose Apolónia 09/11/11
terça-feira, 8 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Fecho os olhos e vejo-te
Quente de amor ardente
Vejo as chamas do amor
Vejo as lágrimas da dor
Derramadas com ardor
Vejo a alegria estampada
Nas palavras trocadas
Vejo os caminhos
Oiço a trovoada
Vejo-te a ti em mim
Vejo tudo, vejo nada
Vejo os pássaros em melodia
Vejo-nos a nós por amor amantes
Vejo a noite apagar-se pelo dia
Vejo e sonho-te num sonho com asas
Um arco-íris sorri e vejo-te a ti em mim
Jose Apolonia
02/11/11
Historias por pintar
Historias por pintar
Gostava de contigo escrever uma melodia
De palavras pintadas
em que as aves marinhas
Cantassem os sons da escrita e os peixes
Os peixes pássaros no seu voo dançassem
Nas asas deste sonho alado, e os outros
Os peixes sem asas chapinhassem o ritmo
Das nossas palavras enleadas pela noite
É noite e…
Dobras-te sobre ti nesta noite escura
O Céu e tu, meu Mar, pintados de escuro
Pintados como um só de um azul negro
Não vislumbro a linha, o horizonte o corte
Pequenas luzes brilham em ti, Mar e
Pequenas luzes brilham em ti, Céu
E apenas as tuas cristas brancas, revoltas
Dão profundidade à tua verdadeira imensidão
Onde por vezes me perco no olhar no sentir
E quando regresso sempre trago historias tuas
Minhas e nunca sei se sou tu ou tu és eu, meu Mar
Jose Apolonia
02/11/11
terça-feira, 1 de novembro de 2011
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